Monday, January 12, 2009
Thursday, February 14, 2008
Não preciso desta data
Para o meu amor recordar-te
Mas que fique registado em acta
Que para sempre vou amar-te
Uns oferecem coisas compradas
Outros até uma flor
Eu escrevo frases rimadas
Para mostrar o meu amor
Tenho tanto para dar
Mas não dou-te tudo agora
Meu amor irei poupar
Para durar pela vida fora
O nosso amor vai animar
Mais que uma festa ou boda
O teu coração vai festejar
Hoje, amanha…a vida toda
É com grande abundância
Que o nosso amor é nutrido
Eu não poupo na redundância
Ao sentir este sentimento tão sentido
Saturday, November 17, 2007
Crónica vencedora do 3º lugar "Prémio de Jornalismo Juvenil Bento Carqueja /2008"
Sermão aos umbigos
É incrível como sois egocêntricos ó umbigos ambulantes, que de tanto empinardes o nariz pareceis Reis absolutistas de um reino povoado, habitado, reinado e escurecido por cada um de vós. Ó iluministas que falta fazeis a este século apagado, onde estais? Onde está a vossa luz personificada numa organização de uma nação? Quem perdeu os vossos ideais que contra quem mal ordenou vós desobedecestes, que contra quem penalizou injustamente vós despenalizastes, que contra quem puniu os inocentes vós punistes os seus carrascos decapitadores da verdade honesta e humilde. Ó umbigos pegai no espelho da vossa realidade e ireis contemplar o que para vós é irreal. Julgais serdes planetas nesta Terra que afirmais ser o vosso sistema planetário, e o verdadeiro? Que será para vós o verdadeiro sistema solar? A Terra? Como podeis dilui-la num universo contornado de limites por vós impostos? Impostores, aqueles pontos brilhantes que ignorais nos céus da noite não são decorações que usais para vos lembrardes certa altura do ano. São muito mais do que aquilo que menosprezais no profundo mas vazio intelecto do vosso núcleo. Não é a inércia do movimento da vossa existência que faz girar tudo à vossa volta, não é a vossa presença que cria a força da gravidade, mas é grave, muito grave que assim penseis. Que renasçam os renascentistas e vos esculpem e pintem em quadros de pedra solidária, amiga e delicada e que vos transformem em Humanos que bem precisais! Para quando o vosso Apocalipse? Quando chocarão nas vossas terras meteoritos de consciência e destruirão tudo de mau que há em vós, que é a pandemia de um vírus de falta de inteligência e bom censo. Conto os sóis e as luas que por mim passam a sorrir à minha vida para saber quanto tempo tenho de esperar pela metamorfose dos umbigos em Homens. Pois quando isso acontecer ireis ver que sois mais que um pedaço de carne e ossos a banhar as margens do vosso ser. Ireis deparar com a complexidade da nossa criação que nasceu da evolução pela necessidade de se adaptarem às mudanças. Mudai, evoluem, adaptai esta estagnação do vosso comportamento e sobretudo vivei para fazer viver e perpetuar.
Sunday, October 7, 2007
Inspiração
Falta-me a inspiração. Onde eu busco as ideias mais parece um armazém cheio de solidão. Que vos posso eu oferecer, num embrulho literário sem nada lá dentro conter? Poderia lá por a ambiguidade, mas correria o risco de vos dar falsidade, porque ambíguo não sei ser. Posso tentar dar-vos a mentira, mas como esta tem perna curta em mim ninguém acreditaria. E porque não… não, não vos posso dar a imaginação, esta já é tão pouca que se conta com os dedos da mão. Posso dar-vos uma folha em branco, e o conteúdo é o vosso critério. Curioso como eu sou, tenho ser de franco e não posso ficar neste mistério. Que poderei eu criar com três dedos e um objecto de escrita? Falsas expectativas não vou levantar, mas a vossa leitura não pode ser restrita. E que tal a ironia? Todos sabemos tê-la e até dá jeito para fazer com que alguém sorria. Quem diria! Ocorre-me uma última opção, para combater esta falta de inspiração. A verdade. Com esta, o melhor é sentar, e pelas ideias aguardar.
Friday, August 17, 2007
Versos para meu AMOR
Vive uma luz nos meus olhos
Que brilha quando te olha
Tem a cor de flores aos molhos
Tem a frescura da chuva que molha
Que bem que cheira uma flor
Quando se abre na alvorada
Tem o cheiro do meu amor
Tem a beleza da minha amada
O seu pólen é saboroso
Dele mel quero fazer
És o favo do qual sou guloso
É contigo que quero viver
O nosso amor a ninguém mente
Está à vista de quem quer ver
A prova desse amor presente
É o nosso filho que vemos crescer
O amor mostra-se aos poucos
Mas mostra-se a toda a gente
Dizem que o amor é coisa de loucos
Mas só aparece a quem o sente
Saturday, August 11, 2007
Sinto-me só.
Sinto-me assim e vou explicar-vos a razão para tal sentimento. Não é estar só, é sentir solidão. É estar no meio de todos vós e sentir o calor gelado da vossa inexistente companhia. Grito alto, bem alto, para vocês me ouvirem, mas o que eu digo chega aos vossos ouvidos num tom de zumbido de melga, que rapidamente afastam com a mão. Coçam-se quando vos toco. Serei pequeno e insignificante? Indiferente e repugnante? Conseguem ver-me? Não é possível que sejam todos cegos. Sinto que sou um holograma convertido num formato que vocês não conseguem ler. Actualizem-se! Mas porque é que eu falo se vocês não me ouvem? Não questiono a minha existência, porque não sou eu que estou mal, são vocês que não me sentem. E o pior, é que não sofrem por não me sentirem. Porque não sou como vocês? Porque não sou indiferente à vossa falta de sensibilidade? Ao tentar iludir este sentimento, finjo gostar de ser só, e usar-vos em meu proveito. Dura pouco tempo este falso alívio, porque lembro-me que tenho sentimentos e afinal “não sou eu que estou mal, são vocês que não me sentem”. Sei que tudo isto que vos digo é deprimente, negativo, desolador e doloroso, mas é um pouco do que todos nós por vezes sentimos. Concordam? E como quem cala consente, vou imaginar que vos toco com esta mensagem e que abro os vossos olhos fechados para a realidade que vos rodeia. Lembrem-se que não somos eternos e que caminhamos a passos largos para a nossa extinção. Já que provavelmente deixaremos de existir, tentemos viver o resto da nossa existência em companhia de todos. Tentemos olhar em nosso redor e veremos que existe alguém para alem de nós. Sinto-me só, mas não sou o único a estar sozinho, pois também sinto a vossa solidão.
Thursday, July 19, 2007
Falemos de amor.
Falemos de amor como se de uma pessoa ou animal se tratasse.
Dos animais sabemos o que esperar, umas vezes confiamos noutras vezes ficamos com o pé atrás. E daqueles dos quais sentimos repugnância mas respeitamos religiosamente o seu valor, do qual sentimos fascínio em frente a uma televisão e pânico frente a frente. Uns enormes outros minúsculos existem de varias cores e formas. Coabitamos no mesmo mundo e achamo-los tão parecidos connosco.
Já das pessoas podemos esperar tudo, confiamos numas e somos traídos, com outras ficamos de pé atrás e somos surpreendidos. Quantas vezes repugnamos alguém e amamos inconscientemente, respeitando o seu valor de forma agressiva, indiferente, disfarçada e inconsciente. E quando idolatramos uma pessoa em frente aquele aparelho de transmissão de imagens, até parece que essa pessoa é tudo para nós mas frente a frente na transmissão real de sentimentos somos apoderados por um pânico nervoso. Uns altos e outros baixos existimos de várias cores e formas. Coabitamos no mesmo mundo e achamo-nos tão diferentes.
Basicamente o amor é assim. Confiamos e somos traídos, desconfiamos e somos surpreendidos. É repugnar sem perceber, idolatrar sem conhecer. No fundo as nossa atitudes e as dos animais reflectem as maneiras como o amor se apresenta. Este sentimento é com uma lei ou regra que diariamente é adulterada por nós, banalizando a pureza e o poder que está envolto deste sentimento.
É muito simples fazer festas a um cachorrinho e ajudar um amigo do peito. Mas tentar salvar uma cobra que nos aparece à porta de casa e ajudar um pobre desconhecido que nos pede esmola…