Thursday, July 19, 2007

Falemos de amor.

Falemos de amor como se de uma pessoa ou animal se tratasse.

Dos animais sabemos o que esperar, umas vezes confiamos noutras vezes ficamos com o pé atrás. E daqueles dos quais sentimos repugnância mas respeitamos religiosamente o seu valor, do qual sentimos fascínio em frente a uma televisão e pânico frente a frente. Uns enormes outros minúsculos existem de varias cores e formas. Coabitamos no mesmo mundo e achamo-los tão parecidos connosco.

Já das pessoas podemos esperar tudo, confiamos numas e somos traídos, com outras ficamos de pé atrás e somos surpreendidos. Quantas vezes repugnamos alguém e amamos inconscientemente, respeitando o seu valor de forma agressiva, indiferente, disfarçada e inconsciente. E quando idolatramos uma pessoa em frente aquele aparelho de transmissão de imagens, até parece que essa pessoa é tudo para nós mas frente a frente na transmissão real de sentimentos somos apoderados por um pânico nervoso. Uns altos e outros baixos existimos de várias cores e formas. Coabitamos no mesmo mundo e achamo-nos tão diferentes.

Basicamente o amor é assim. Confiamos e somos traídos, desconfiamos e somos surpreendidos. É repugnar sem perceber, idolatrar sem conhecer. No fundo as nossa atitudes e as dos animais reflectem as maneiras como o amor se apresenta. Este sentimento é com uma lei ou regra que diariamente é adulterada por nós, banalizando a pureza e o poder que está envolto deste sentimento.

É muito simples fazer festas a um cachorrinho e ajudar um amigo do peito. Mas tentar salvar uma cobra que nos aparece à porta de casa e ajudar um pobre desconhecido que nos pede esmola…

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